terça-feira, 21 de abril de 2009

Eu não queria ser o Dunga

Por Marco Antônio Júnior


Dia desses na sala de aula, num daqueles dias em que a galera não ta muito afim de aula, um debate acalorado sobre futebol foi o assunto.
Não falamos de Grêmio ou de Internacional, como estamos acostumados, mas sim de seleção brasileira. O debate por vezes tomou ares de discussão e em meio de um “gente, por favor,” daqui, ou um “alou” acolá do professor, continuávamos a debater os problemas de nosso escrete canarinho.
Um ou outro colega afirmava que Dunga não aposta nos garotos, que sua seleção deveria primar os jovens, pois estamos a um ano da Copa, já alguns, dentre esses me incluo defendem o treinador, com base que uma seleção de jovens poderia atrapalhar o plano maior, que é o entrosamento da equipe para o Mundial que se aproxima, e que os jogadores de menor idade devem ir entrando aos poucos na equipe.
O que foi consenso entre nós e que a nossa seleção possui material humano para montarmos 3 ou 4 times que fariam frente aos grandes selecionados mundiais. Vejo o Dunga como um magnata, um bom vivan que possui muitos recursos, mais muitas vezes não sabe onde empregá-los, ficando assim a mercê de comentários maldosos de operários ou invejosos que podem acusá-lo de ter asas e não saber voar. Atrevo-me também a entrar nos pensamentos do Dunga e imaginar o que ele pensa dias antes da convocação, “será que convoco o Pato ou o Keirrison?, e o Lucas, será que deixo para a próxima?, bem mais se eu perder? Bom se eu perder a Globo não vai me perdoar, mesmo se eu alegar que estamos em situação confortável na eliminatória”. É, não deve ser fácil ser o Dunga, ainda mais neste ano pré-Copa do Mundo, se convoca um atleta menos experiente e ele vai mal, não era a hora de colocá-lo entre os titulares, se não convoca é porque não quer dar chance aos mais novos, se convoca e deixa no banco é porque é teimoso. É como ter de um lado a Vera Fischer e a Solange Frazão que sabidamente tem mais experiência, mas ainda sim desempenham muito bem o seu papel, e de outro ter Fernanda Paes Leme e a Joana Balaguer, que apesar da pouca idade mostram um imenso potencial, e também desempenham muito bem o seu papel. Portanto repito mais uma vez ser o Dunga não é fácil. Mas voltando ao debate entre pseudo jornalistas, este acabou no bar, e entre uma cerveja e outra, ficou combinado que de técnico e louco todo brasileiro tem um pouco.

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