domingo, 26 de abril de 2009

O Goleiro



Hoje, 26 de abril é dia do goleiro. Uma das posições mais injustas e bonitas do futebol, ele é o único a jogar com uniforme diferente e usar as mãos. O Brasil é uma grande escola de goleiros, eu poderia citar aqui facilmente uma dúzia de grandes goleiros brasileiros que marcaram época no futebol mundial. O goleiro pode ir do céu ao inferno em minutos, mas suas defesas muitas vezes superam em beleza os gols. Parabéns a todos os goleiros, sem vocês o futebol seria muito sem graça. Minha homenagem segue abaixo.

Goleiro
Gal Costa

Eu vou lhe avisar
Goleiro não pode falhar
Não pode ficar com fome
Na hora de jogar
Senão, um frango aqui, um frango ali
Um frango acolá

Já vai tarde mais um articulador respeitado

Com a autoridade baleada
O peso do destino
Na mira da lei, na marca do pênalti
O fim de um charme
Discreto e nublado
Trivial
Alguém esqueceu a bola de cristal

Que delícia de malícia a espera da guerra

ele sonha com o paraíso
E tenta a sorte nos números
Pensando nela
Disposto a tudo, bate cabeça
Bate tambor
Numa trama milionária e perigosa
Ele quer o Jardim do Éden
Trivial
Novamente esqueceram a bola de cristal

Eu vou lhe avisar
Goleiro não pode falhar
Não pode ficar com fome
Na hora de jogar
Senão, um frango aqui, um frango ali
Um frango acolá

sábado, 25 de abril de 2009

Não vale tudo

Por Marco Antônio Júnior



Você já ouviu falar em Vale Tudo? Sim, com certeza já deve ter ouvido falar que é um dos esportes mais violentos do mundo, onde homens brigam em cima de um ringue. Bem, exageros a parte, vamos a algumas correções: hoje o esporte não se chama mais Vale Tudo agora é denominado de MMA (Mixed Martial Arts), ou seja, traduzindo a grosso modo a mistura de artes marciais. A referida “briga” é realizada por profissionais altamente preparados para tal, e diferentemente do que se pensa não vale tudo os combates são regidos por rígidas regras. O MMA é definido como uma modalidade de luta onde o participante não precisa seguir um estilo específico de arte marcial.
O esporte cresce assustadoramente no mundo, e tem nos brasileiros seus melhores lutadores e treinadores. A história moderna do MMA mundial está diretamente ligada à família Gracie. Após aprender a lutar judô com um vizinho japonês, Carlos Gracie ensinou aos seus irmãos a luta, aos poucos foi adaptando regras e golpes do mesmo, criando o Jiu-jitsu brasileiro. Mais tarde, Carlos abriu uma academia no Rio de Janeiro, e para divulgar a luta criou o Gracie Challenge, onde os integrantes da família desafiavam lutadores de qualquer arte marcial para combates. Com isso, os Gracies obtiveram grande sucesso na empreitada e acabaram levando sua arte para os Estados Unidos onde montaram uma filial de sua academia e passaram a ensinar Jiu-jitsu brasileiro. Hoje os principais lutadores mundiais são treinados por brasileiros.
A partir daí o MMA se disseminou no mundo e em 1993, foi realizado o primeiro Ultimate Fighting Championship, o maior evento de Mixed Martial Arts da atualidade, em sua ultima edição segundo a revista tatame o UFC vendeu em média 1 milhão e meio de assinaturas de pay-per-view gerando uma receita de aproximadamente U$ 45 milhões de e mais de 25 mil ingressos vendidos por evento, com bilheteria superior a U$ 5 milhões. Estas impressionantes cifras permitem que os lutadores ganhem imponentes cachês por suas participações, e que muitos deles sejam milionários.
Para o professor de jiu-jitsu da academia Golden Fighting, Rafael Simas o MMA tende a crescer cada vez mais e tomar espaço de outros esportes na preferência do público -“o número de pessoas que nos procuram para treinar Mixed Martial Arts cresce de ano para ano, o esporte deixou de ser apenas praticado por profissionais, agora as pessoas o procuram para os que desejam manter a boa forma” explica Simas. Ele ainda destaca que mesmo só sendo exibido em canais de televisão pagos o esporte conta com um grande número de fãs, pois o bom desempenho dos lutadores brasileiros no exterior ajuda bastante na decisão de procurar a prática – “O pessoal assiste na TV o Wanderlei Silva, o Minotauro o Anderson Silva que são ídolos mundiais e isso influencia a galera, que acaba procurando as academias para treinar”, afirma o professor.
Assim como os treinadores, os lutadores brasileiros também são sinônimos de sucesso no mundo da luta. Ricardo Arona, Murilo Bustamante, Daniel Acácio, Assuério Silva são figuram entre os grandes nomes da modalidade. Porém, os maiores destaques são os curitibanos Anderson Silva, Mauricio Shogun, Wanderlei Silva (foto) e o baiano Antônio Rodrigo Nogueira o “Minotauro”. Juntos eles somam mais de 5 títulos de UFC e 4 do extinto Pride.
O MMA é hoje um esporte de alta performance, além de ser um verdadeiro show de entretenimento. Os limites existem, mas apenas dentro dos ringues. Fora de combate, não há limite para o número de fãs deste esporte, que triplicam a cada ano que passa

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A(L)TITUDE

Por Marco Antônio Júnior

Coitados dos bolivianos. Hoje abri o site Globo.com e lá estava à manchete “Comissão médica da Fifa confirma veto ao futebol na altitude”, pensei muito sobre o assunto e realmente este meu pensamento tomou ares de devaneios.
Para tentar derrubar o veto, Morales tomou atitudes exageradas, jogou futebol nas alturas, disse que a FIFA se acha maior que a ONU e acusou também a entidade máxima do futebol mundial de esquartejar o esporte. Mas voltando a minha imaginação visualizei discursos inflamados do presidente Evo Morales querendo acabar com a proibição a qualquer custo.
Exageros a parte, mesmo não sendo boliviano acho que Morales tem razão em espernear sobre o veto, e até imagino uma carta desesperada de Evo para Joseph Blatter.
Querido Blatter, venho por meio desta primeiramente me desculpar, pois, nunca fui a televisão, rádio ou jornal dizer as sandices que a imprensa noticiou sobre a sua exitosa entidade, isto é uma manobra dos EUA para tentar fazer que o mundo comece a prestar atenção no futebol deles, e em segundo lugar manifestar minha indignação pacifica a sua proibição que foi delegada à minha seleção de jogar acima de 2.750 metros do nível do mar. Já dei mostras que o futebol pode ser praticado a esta altura, aliás, mostras práticas, eu mesmo atuei em La Paz e não atuei sozinho, ao meu lado jogou Diego Maradona, e cá para nós sejamos sinceros, se o Maradona jogou lá e agüentou, qualquer um pode jogar. Tudo bem que a seleção dele não se deu muito bem na última visita ao meu humilde país.
E mais uma vez pergunto por que a minha seleção? Logo a Bolívia que não incomoda ninguém, nosso time é tão fraco, que desde os tempos do “diablo” Etcheverry, não encanta mais ninguém com o seu futebol. Vou contar um segredo para o senhor: pedi ao Lula que me cedesse o Afonso Alves para naturalizá-lo boliviano, em troca eu até aceitaria não reajustar o preço do Gás. Mas sabe, ele nem cogitou, disse que: “a nacionalização dos recursos futebolísticos brasileiros melhora muito a condição social do seu povo”.
Na minha humilde opinião presidente Blatter, o senhor deveria cuidar dos interesses econômicos da FIFA, que, diga-se de passagem, vão muito bem e aproveito inclusive para parabenizar o senhor por cuidar tão bem da saúde financeira da instituição que possui mais dinheiro que muitos países do terceiro mundo. Encerro a minha manifestação pacifica porque sou da paz, pois, quem gosta de confrontos hostis é o Chavez, pedindo ao senhor que repense esta situação e não cerceie meu povo de ver nossa tão amada e inofensiva seleção atuando onde realmente se sente em casa. Pense na publicidade estática do nosso maravilhoso estádio Hernán Siles que é um orgulho nacional talvez até maior que o nosso time, pense na nossa arena lotada e no dinheiro que tudo isso pode render a todos nós. Pense presidente, pense.


Obrigado
Juan Evo Morales Ayma
Presidente da Bolívia e CRAQUE do Litoral.

Não sei se Morales num ato de desespero mandaria uma carta, mas se eu fosse ele mandava uma carta nestes termos, porque existem coisas mais importantes para o presidente da FIFA se importar do que a altitude da Bolívia, como por exemplo, o aliciamento de jogadores menores de idade por parte de grandes clubes europeus a meninos sul-americanos.
Bom, mas isso já é outra conversa que fica para a próxima.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Eu não queria ser o Dunga

Por Marco Antônio Júnior


Dia desses na sala de aula, num daqueles dias em que a galera não ta muito afim de aula, um debate acalorado sobre futebol foi o assunto.
Não falamos de Grêmio ou de Internacional, como estamos acostumados, mas sim de seleção brasileira. O debate por vezes tomou ares de discussão e em meio de um “gente, por favor,” daqui, ou um “alou” acolá do professor, continuávamos a debater os problemas de nosso escrete canarinho.
Um ou outro colega afirmava que Dunga não aposta nos garotos, que sua seleção deveria primar os jovens, pois estamos a um ano da Copa, já alguns, dentre esses me incluo defendem o treinador, com base que uma seleção de jovens poderia atrapalhar o plano maior, que é o entrosamento da equipe para o Mundial que se aproxima, e que os jogadores de menor idade devem ir entrando aos poucos na equipe.
O que foi consenso entre nós e que a nossa seleção possui material humano para montarmos 3 ou 4 times que fariam frente aos grandes selecionados mundiais. Vejo o Dunga como um magnata, um bom vivan que possui muitos recursos, mais muitas vezes não sabe onde empregá-los, ficando assim a mercê de comentários maldosos de operários ou invejosos que podem acusá-lo de ter asas e não saber voar. Atrevo-me também a entrar nos pensamentos do Dunga e imaginar o que ele pensa dias antes da convocação, “será que convoco o Pato ou o Keirrison?, e o Lucas, será que deixo para a próxima?, bem mais se eu perder? Bom se eu perder a Globo não vai me perdoar, mesmo se eu alegar que estamos em situação confortável na eliminatória”. É, não deve ser fácil ser o Dunga, ainda mais neste ano pré-Copa do Mundo, se convoca um atleta menos experiente e ele vai mal, não era a hora de colocá-lo entre os titulares, se não convoca é porque não quer dar chance aos mais novos, se convoca e deixa no banco é porque é teimoso. É como ter de um lado a Vera Fischer e a Solange Frazão que sabidamente tem mais experiência, mas ainda sim desempenham muito bem o seu papel, e de outro ter Fernanda Paes Leme e a Joana Balaguer, que apesar da pouca idade mostram um imenso potencial, e também desempenham muito bem o seu papel. Portanto repito mais uma vez ser o Dunga não é fácil. Mas voltando ao debate entre pseudo jornalistas, este acabou no bar, e entre uma cerveja e outra, ficou combinado que de técnico e louco todo brasileiro tem um pouco.

sábado, 18 de abril de 2009

Acabou a faculdade, e agora o que fazer?

Por Marco Antônio Júnior


Diploma de curso superior na mão, sinônimo de emprego, certo? Errado. Na maioria dos casos é apenas o inicio de uma série de dificuldades. A proximidade de término da faculdade traz a um grande número de estudantes o pesadelo de terminar a graduação e não saber o que fazer. O mercado de trabalho costuma não ser muito acolhedor aos recém formados. Após a estafante trajetória da graduação, o caminho a ser seguido depois de estar com o canudo na mão é uma incógnita. O primeiro passo em busca de um emprego dentro da área estudada geralmente requer ajuda, e ela pode vir através de amigos, antigos colegas de estágio, professores ou até mesmo da sorte.
Marcelo Silveira, formado há um ano em educação física pela Unilasale, ainda não conseguiu entrar no mercado de trabalho dentro da sua área de formação. Para garantir seu dinheiro no final do mês, Silveira trabalha há dois anos como representante comercial de uma multinacional de materiais esportivo. “Citação Marcelinho”, diz o formado em educação física.
Thais Pedroso, formada há três anos em Direito pela Feevale, nunca conseguiu trabalhar na área. Segundo ela, a busca por um emprego é estimulante, porém, o passar do tempo sem obter sucesso na procura leva o profissional a um cruel pensamento que o esforço em busca da formação foi em vão. “Sabe, três anos é muito tempo, às vezes penso que nunca vou advogar, mas não vou desistir, custe o que custar”, conta a advogada desempregada. Enquanto segue atrás de uma vaga, para exercer sua atividade, ela garante seu sustento ajudando a mãe em uma empresa de decoração e animação para festas.
Manoella Moraes, formada há dois anos em Enfermagem pela FMR de São Paulo, procurou enquanto estudava fazer cursos e estágios voluntários para aprimorar seus conhecimentos e enriquecer seu currículo na certeza que isso pesaria na hora de concorrer com outros candidatos a uma vaga de emprego. Hoje trabalha em uma área alternativa, que nada tem a ver com sua formação profissional, ela é vendedora de aparelhos celular, em uma operadora em Porto Alegre. “Nunca achei que após tanto esforço a recompensa seria esta, mas sigo com fé nas minhas capacidades largando currículos e acreditando que minha hora vai chegar”, afirma Moraes.
A administradora de empresas Patrícia de Oliveira, formada há um ano pela Esade, teve mais sorte. No último semestre da faculdade conseguiu um estágio em uma concessionária automotiva, e consequentemente após sua formatura foi efetivada na empresa. Ela tem consciência que faz parte de uma minoria privilegiada, que sai da faculdade empregada. “Por sorte encontrei um chefe que desde os tempos de estagiária delegou a mim funções de administração, e confiou no meu trabalho. Mas sempre me dediquei ao máximo e procurei desempenhar as tarefas com perfeição, creio que foi por isso que ele me efetivou”, relata a administradora.
Em tempos de crise nem mesmo o diploma superior é certeza de se trabalhar na área estudada. Certo mesmo é que o caminho até a conquista do diploma é longo, e a busca do tão sonhado emprego na área é o primeiro passo de uma caminhada de consolidação profissional, caminhada esta que para muitos é tortuosa e pode levar a desistência ou o desestimulo de encontrar um lugar para se mostrar os conhecimentos acadêmicos adquiridos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Celso Roth, o colorado


Sempre fui um dos que defendeu a permanência do “professor” Celso Roth no comando técnico do Grêmio. Ele é um bom treinador, profissional, dedicado, estudioso do futebol, mas hoje ao assistir a derrota do Grêmio para Caxias, vi que qualquer tentativa minha de defender este senhor seria loucura. Tudo bem, vai sempre ter alguém pra me dizer: “estávamos jogando com os reservas, o que importa é a Libertadores”. Pois é, o argumento até seria válido, mas não se aplica mais, o nosso "querido" treinador tornou-se insuperável na arte de fazer cagadas. Ao mandar o time suplente para o Centenário, e consequentemente perder por 4x0 para o Caxias, o "ilustre" Roth deu de presente para a torcida e time do Internacional um Grenal, sim GRENAL, um dia após o co-irmão completar 100 anos. A derrota colocou o Grêmio em quarto lugar e segundo a regra do campeonato o time que ocupar esta posição dentro de sua chave, irá enfrentar o primeiro colocado do outro grupo que foi o Internacional. O duelo pelas quartas de final tem tudo para ser mais um passeio colorado, toda a questão anímica está a favor do Inter, sua torcida vai lotar o Beira-Rio para comemorar o seu centenário, e quer coisa melhor que fazer a festa com uma vitória sobre o histórico rival. Espero estar enganado em relação à partida, mas creio que o Inter é o favorito. A nós gremistas resta apenas rezar para não sermos goleados e pedir a Deus que o "mestre" Celso Roth deixe o Grêmio. Porque tenho certeza que ele premeditou esta campanha, para que justamente no dia cinco de Abril um clássico fosse disputado e o Inter vencesse o Grêmio fazendo a festa dos 100 anos. Afinal, as maiores alegrias que o Inter comemorou nos últimos tempos são por mérito de suas imbecilidades no comando do Grêmio. E eu não entendia porque tantas burrices e teimosias, mas agora descobri e não tenho mais dúvida CELSO ROTH é colorado e não ve a hora de repetir o gesto da foto ao lado: correr para os braços da torcida colorada.