quinta-feira, 3 de julho de 2008

E eu acordando as cinco da manhã....


Li na revista Placar deste mês, o depoimento de um cambista e suas artimanhas para revender ingressos com preços majorados. Campo Grande “trabalha” como cambista há 31 anos. Por ter nascido na favela do Barbante em Campo Grande, no Rio de Janeiro, herdou o apelido que carrega até hoje. Segundo ele o grande lance na conquista de ingressos para grandes jogos, é o investimento nos idosos que pagam meia-entrada e não precisam enfrentar filas para adquirir seus ingressos. Ele revela que reúne cerca de 40 velhinhos, paga 20 Reais a cada um deles e com isso consegue as entradas de forma rápida e segura. Com uma renda mensal que gira em torno de 2.500 reais, Campo Grande sustenta seus cinco filhos, e mantém um apartamento em São Paulo, casa em Belo Horizonte e uma fazenda no interior paulista. Mas nem tudo são flores, ele conta que já passou por situações complicadas, como por exemplo, um espancamento sofrido pela torcida do Corinthians. O mais impressionante nisso, é que Campo Grande afirma ter além dos velhinhos, esquema dentro de clubes para conseguir os ingressos. Segundo ele, uma pessoa ligada ao São Paulo Futebol Clube ganha ingressos e revende para o cambista. Ele relata possuir também fontes dentro dos grandes clubes do Rio de Janeiro, e diz que este tipo de procedimento é de interesse dos clubes. Contando com uma clientela de diversas partes do Brasil, Campo Grande tem até cartão de visita com três números de telefone celular. Campo Grande afirma ser um “mal necessário”, pois vis apenas o conforto dos seus clientes. E assim caminha o Brasil, este país recheado de pessoas que atravessam e burlam as leis da forma mais absurda e mesmo assim, vão se dando muito bem.

Um comentário:

Cleidi disse...

Bah!!! O piso salarial dele é maior que o da nossa categoria!! Decidi: vou largar a faculdade e virar cambista! ôôô coisa séria esse nosso país...

Muito bom o blog, Marco! Parabéns!